“O sentimento incontrolável de culpa se deve ao dado de que a criança, quando adulta, constata que foi cúmplice inconsciente de uma grande injustiça.”
Citado assim, o tema da alienação parental causa curiosidade e, certamente, desconhecimento entre muitos. Quando explicado, o caso é reconhecido e, infelizmente, percebemos que é cada dia mais habitual.
A Alienação Parental trata-se de um distúrbio no âmbito das disputas pela custódia de um filho na hora da separação de um casal.
Visando transpor essa barreira do desconhecimento da Alienação Parental, a Caraminhola Produções Artísticas de Alan Minas e Daniela Vitorino apresentaram um documentário que elucida o assunto, intitulado “A Morte Inventada.”
Com a realização do filme, a produtora pretende levar às pautas da sociedade a discussão sobre o assunto entre psicólogos, juízes, magistrados do Ministério Público, advogados, assistentes sociais, pedagogos e pediatras, no intuito de chamar a atenção para essa prática que está cada vez mais frequente em famílias que, por quaisquer motivos, optam pela separação.
O caso envolvendo o menino americano Sean e uma disputa que foi sendo levada para o cenário político é um forte exemplo actual de Alienação Parental.
O lançamento do filme "A Morte Inventada" ocorreu no passado dia 1 de Abril, no cinema da Caixa Cultural, no Centro do Rio de Janeiro, apenas para convidados.
O Dia das Mentiras foi escolhido pela produtora intencionalmente. “Isso dá uma conotação maior ao associar os casos de alienação parental com as mentiras criadas para deturpar a mente da vítima”, explica Daniela Vitorino.
O filme será lançado no circuito comercial do Rio de Janeiro no fim de Abril e no início de Maio, o DVD estará disponível para venda ou aluguer.
"Então num certo momento comecei a fazer uma busca pela verdade, foi quando eu fui atrás de saber o que tinha acontecido mesmo, aquelas histórias todas que ela me contava, o quê que tinha de verdade naquilo? Aí eu descobri que não tinha nada, que era tudo mentira mesmo. Que tudo que tinha vivido na infância e na adolescência tinha sido uma mentira contada pela minha mãe".
Karla Mendes, vítima de alienação parental por parte materna
A Alienação Parental é descrita como uma situação na qual um progenitor procura deliberadamente alienar – isto é, afastar – o seu filho, ou filha, do outro progenitor, deturpando a sua mente, tendo normalmente êxito nos seus comportamentos.A sua manifestação consiste na campanha de difamação, de forma deturpada, como uma “lavagem cerebral”. Estes factos levam a criança a colaborar de maneira simbiótica a essa implantação de falsa memória, promovendo até mesmo o rompimento completo do vínculo.
Milhares de pessoas são vítimas desse tipo de violência e ignoram fazer parte dessa estatística, desconhecendo por completo esta perturbação, que pode levar a sérias consequências.
No site http://www.amorteinventada.com.br/, é possível conhecer o projecto da Caraminhola Produções Artísticas, ler a sinopse e assistir ao trailler do filme. Quem quiser, também pode, através do site, relatar algum caso sobre alienação parental.
O filme revela o drama de pais e filhos que tiveram seus elos rompidos por uma separação conjugal mal conduzida, vítimas da Alienação Parental. Os pais testemunham os seus sentimentos diante da distância, de anos de afastamento de seus filhos.
Os filhos que, na infância, sofreram com esse tipo de abuso, revelam de forma contundente como a alienação parental interferiu nas suas formações, nos seus relacionamentos sociais e, sobretudo, na relação com o progenitor alienado.
O filme também apresenta profissionais de direito, psicologia e serviço social que falam sobre as causas, condições e soluções da questão.
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1 comentário:
Quando em Portugal se fala de Alienação Parental, sinto avivar uma luzinha de esperança. A divulgação em sites como este, tem certamente um contributo importante para a conscencialização deste grave problema junto de juízes, magistrados do Ministério Público, advogados, psicólogos e outros profissionais sobre quem recaem responsabilidades de identificação e combate à Alienação Parental. Faço votos que estes objectivos sejam atingidos ainda a tempo de devolver aos meus filhos o que eles têm direito: a Mãe!
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