quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

LAVOISIER E A SUA ESPOSA (JACQUES LOUIS DAVID)


“Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”
Antoine-Laurent de Lavoisier




Antoine-Laurent de Lavoisier nasceu em Paris em 26 de Agosto de 1743 e foi executado nesta mesma cidade em 8 de Maio de 1794.

É considerado o criador da Química moderna, tendo sido o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria, a dar nome ao oxigénio e participou ainda na reforma da nomenclatura química.

Era oriundo de uma família nobre francesa e formou-se em Direito mas nunca chegou a exercer a advocacia uma vez que o seu interesse era pelas ciências, sendo o primeiro a descobrir que a água é uma substância composta, formada por dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio.

Em 16 de Dezembro de 1771, casa com uma jovem aristocrata, de nome Marie-Anne Pierrette Paulze, a qual viria a tornar-se sua colaboradora não apenas pelo seu domínio de diversas línguas (em particular o inglês e o latim) mas também pela sua capacidade de ilustradora.

Foi também a responsável pela tradução, para francês, de várias obras científicas escritas em inglês ou em latim e ilustrou algumas das experiências mais significativas feitas pelo marido.

Assim, é inteiramente justo que seja também uma das personagens do quadro pintado em 1788 por Jacques-Louis David e que se encontra agora exposto no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque (
www.metmuseum.org).

O motivo para que o quadro de David esteja em Nova Iorque resulta da aquisição pelo milionário norte-americano John D. Rockefeller em 1927 e, posteriormente, pela venda realizada pela Fundação Rockefeller ao Metropolitan Museum of Art.

Lavoisier viveu em plena Revolução Francesa e viria a ser executado com base na sua participação na Fermé Général, o sistema de impostos a que havia aderido em 1768 mas que não era muito popular entre o povo após o período de 1789-1793.
Não obstante Lavoisier se ter retirado deste sistema, a sua ligação foi utilizada como fundamento para a condenação à morte.

Após a sua morte, na guilhotina, Joseph-Louis de Lagrange, matemático contemporâneo de Lavoisier afirmou que “não bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo”.

Lavoisier foi membro da Academia das Ciências tendo participado conjuntamente com outros membros na investigação de novas teorias e fenómenos científicos, tais como Jean D’Arcet, Joseph-Inace Gillotin (por curiosidade o inventor da guilhotina que viria a ser o instrumento da execução de Lavoisier), Jean Borie, Benjamin Franklin, entre outros, em particular no estudo da teoria de Franz Mesmer a propósito do fluxo magnético animal.

Embora tenha dado o nome ao oxigénio, este já havia sido descoberto anteriormente em 1772 e 1774, embora o contributo de Lavoisier tenha sido a compreensão das características daquele, em particular na combustação e na calcificação, atribuindo-lhe o nome grego que significa “produtor de ácidos” ao considerar (erradamente) que todas as substâncias originadas de uma calcificação originavam ácidos em que o oxigénio se encontrava presente.

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