Misantropo, fechado em si, dado a análises exaustivas, a dissecações cruéis, Columbano teve apenas um grande amor - a pintura.
Diogo de Macedo
Diogo de Macedo
Pela sua situação geográfica, política e social, Lisboa foi naturalmente o grande e agitado centro intelectual, artístico e boémio do nosso país por volta de 1880.
Nesse tempo, era Lisboa que acolhia o escol dos artistas que nela procuravam meios e oportunidades de trabalhar e vencer.
O único retrato da geração naturalista de Lisboa foi pintado por Columbano Bordalo Pinheiro. Com este quadro, denominado “O Grupo do Leão”, conclui-se uma fase da obra deste artista e relativamente a ela tudo se inverte.
No quadro, podemos ver, em cima e da esquerda para a direita, João Ribeiro Cristino da Silva, Alberto de Oliveira, Manuel Fidalgo (empregado da Cervejaria Leão d’Ouro), Columbano Bordalo Pinheiro, Ramos Costa (o dono da cervejaria) e Cipriano Martins
Em baixo, da esquerda para a direita, vemos Manuel Henriques Pinto, José Malhoa, João Vaz, Silva Porto, António Ramalho, José de Moura Sousa Girão, Rafael Bordalo Pinheiro e João Rodrigues Vieira.
O fundo é claro e neutro, espaço propício à inscrição das figuras que se tornam silhuetas. Os valores de claro-escuro são idênticos em toda a tela e a paleta quase recusa a cor remetendo-se para uma economia monocroma.
A individualização das figuras é certamente proveniente de poses singulares em atelier transportadas e integradas para o conjunto, por vezes com certo esforço, aspecto que confere à obra alguma estranheza.
Outros têm provavelmente origem em fotografias, revelando um instantâneo. Tal situação demonstra um cuidado intencional em preservar a identidade de cada elemento não o subsumindo no todo.
As figuras distribuem-se numa extensa faixa horizontal e estão emolduradas por colunas e um parapeito que preservam a ideia de espaço cénico para os construtores da nova pintura portuguesa.
Este quadro de Columbano Bordalo Pinheiro, o qual constitui uma das obras mais significativas do realismo português, pode ser visto no Museu Nacional de Arte Contemporânea (Museu do Chiado) (www.museudochiado-ipmuseus.pt/).
Nesse tempo, era Lisboa que acolhia o escol dos artistas que nela procuravam meios e oportunidades de trabalhar e vencer.
O único retrato da geração naturalista de Lisboa foi pintado por Columbano Bordalo Pinheiro. Com este quadro, denominado “O Grupo do Leão”, conclui-se uma fase da obra deste artista e relativamente a ela tudo se inverte.
No quadro, podemos ver, em cima e da esquerda para a direita, João Ribeiro Cristino da Silva, Alberto de Oliveira, Manuel Fidalgo (empregado da Cervejaria Leão d’Ouro), Columbano Bordalo Pinheiro, Ramos Costa (o dono da cervejaria) e Cipriano Martins
Em baixo, da esquerda para a direita, vemos Manuel Henriques Pinto, José Malhoa, João Vaz, Silva Porto, António Ramalho, José de Moura Sousa Girão, Rafael Bordalo Pinheiro e João Rodrigues Vieira.
O fundo é claro e neutro, espaço propício à inscrição das figuras que se tornam silhuetas. Os valores de claro-escuro são idênticos em toda a tela e a paleta quase recusa a cor remetendo-se para uma economia monocroma.
A individualização das figuras é certamente proveniente de poses singulares em atelier transportadas e integradas para o conjunto, por vezes com certo esforço, aspecto que confere à obra alguma estranheza.
Outros têm provavelmente origem em fotografias, revelando um instantâneo. Tal situação demonstra um cuidado intencional em preservar a identidade de cada elemento não o subsumindo no todo.
As figuras distribuem-se numa extensa faixa horizontal e estão emolduradas por colunas e um parapeito que preservam a ideia de espaço cénico para os construtores da nova pintura portuguesa.
Este quadro de Columbano Bordalo Pinheiro, o qual constitui uma das obras mais significativas do realismo português, pode ser visto no Museu Nacional de Arte Contemporânea (Museu do Chiado) (www.museudochiado-ipmuseus.pt/).
Sem comentários:
Enviar um comentário