Na madrugada de 30 de Janeiro de 1968, por ocasião dos festejos do Novo Ano Lunar, celebrava-se o início de uma data sagrada para os vietnamitas quando as forças conjuntas do Vietname do Norte efectuaram um ataque surpresa em todo o país na operação que viria a ser conhecida por Ofensiva Tet.
Este ataque atingiu a própria capital, Saigão, levando à conquista de muitas cidades e vilas do interior mas sem que se tivesse verificado a queda daquela cidade.
Apesar de não se poder considerar uma vitória militar para as forças norte-vietnamitas, os efeitos desta ofensiva na opinião pública norte-americana foram devastadores na medida em que começaram a surgir as primeiras imagens de soldados americanos mortos, feridos ou estropiados naquele território hostil, desconhecido e distante, para mais em zonas até aí consideradas como não envolvendo risco.
A 1 de Fevereiro de 1968, no terceiro dia da Ofensiva Tet, um fotógrafo, Eddie Adams, captou uma imagem que viria a ter um efeito ainda mais devastador entre o povo americano e que viria a dar-lhe o prémio World Press Photo desse ano e, no ano seguinte, o prémio Pulitzer.
Nesse dia, duas armas foram disparadas ao mesmo tempo: - uma pistola e uma máquina fotográfica, tendo a bala disparada à queima-roupa perfurado a cabeça de um prisioneiro vietcong e a foto capturado o momento exacto da execução.
Os dois personagens desta história são o coronel Nguyen Ngoc Loam, chefe da Polícia Nacional da República do Vietnam, e um oficial vietcong capturado, o capitão Nguyen Van Lém.
De um lado, surge o braço esticado do executor, os músculos tensos, a mão agarrando a pistola com tanta força como se receasse falhar o alvo e, do outro, um jovem, mãos atadas nas costas, magro, pequeno, indefeso.
De um lado, um rosto inexpressivo, frio, o rosto da morte, do outro, um homem a quem não permitido, sequer, um gesto instintivo de defesa a não ser cerrar os olhos.
Após a execução, Nguyen Loam justifica-se dizendo que o outro também “tinha matado muitos de nós”.
Nguyen Loam veio a falecer em Julho de 1998, vítima de cancro, sem nunca ter sido julgado.
Em relação ao executado, nunca se soube se ele estivera realmente envolvido nos massacres de cerca de trinta e quatro oficiais sul-vietnamitas e respectivas famílias ocorridos nos dias anteriores em Saigão.
Não lhe foi dada a oportunidade de se defender num tribunal.
Esta fotografia trouxe ao povo norte-americano a história de uma guerra selvagem e gratuita, mudando a forma como aquele encarava a campanha militar.
O seu autor, Eddie Adams, foi um dos fotógrafos mais famosos do último quartel do século XX.
Este ataque atingiu a própria capital, Saigão, levando à conquista de muitas cidades e vilas do interior mas sem que se tivesse verificado a queda daquela cidade.
Apesar de não se poder considerar uma vitória militar para as forças norte-vietnamitas, os efeitos desta ofensiva na opinião pública norte-americana foram devastadores na medida em que começaram a surgir as primeiras imagens de soldados americanos mortos, feridos ou estropiados naquele território hostil, desconhecido e distante, para mais em zonas até aí consideradas como não envolvendo risco.
A 1 de Fevereiro de 1968, no terceiro dia da Ofensiva Tet, um fotógrafo, Eddie Adams, captou uma imagem que viria a ter um efeito ainda mais devastador entre o povo americano e que viria a dar-lhe o prémio World Press Photo desse ano e, no ano seguinte, o prémio Pulitzer.
Nesse dia, duas armas foram disparadas ao mesmo tempo: - uma pistola e uma máquina fotográfica, tendo a bala disparada à queima-roupa perfurado a cabeça de um prisioneiro vietcong e a foto capturado o momento exacto da execução.
Os dois personagens desta história são o coronel Nguyen Ngoc Loam, chefe da Polícia Nacional da República do Vietnam, e um oficial vietcong capturado, o capitão Nguyen Van Lém.
De um lado, surge o braço esticado do executor, os músculos tensos, a mão agarrando a pistola com tanta força como se receasse falhar o alvo e, do outro, um jovem, mãos atadas nas costas, magro, pequeno, indefeso.
De um lado, um rosto inexpressivo, frio, o rosto da morte, do outro, um homem a quem não permitido, sequer, um gesto instintivo de defesa a não ser cerrar os olhos.
Após a execução, Nguyen Loam justifica-se dizendo que o outro também “tinha matado muitos de nós”.
Nguyen Loam veio a falecer em Julho de 1998, vítima de cancro, sem nunca ter sido julgado.
Em relação ao executado, nunca se soube se ele estivera realmente envolvido nos massacres de cerca de trinta e quatro oficiais sul-vietnamitas e respectivas famílias ocorridos nos dias anteriores em Saigão.
Não lhe foi dada a oportunidade de se defender num tribunal.
Esta fotografia trouxe ao povo norte-americano a história de uma guerra selvagem e gratuita, mudando a forma como aquele encarava a campanha militar.
O seu autor, Eddie Adams, foi um dos fotógrafos mais famosos do último quartel do século XX.
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