quarta-feira, 15 de abril de 2009

O NAUFRÁGIO DO TITANIC


Construído nos estaleiros da Harland & Wolff em Belfast, na Irlanda do Norte, o RMS Titanic foi um navio transatlântico da classe Olympic operado pela White Star Line.

No dia 10 de Abril de 1912, iniciou a sua viagem inaugural entre a Europa, com destino aos Estados Unidos da América, transportando cerca de 2240 pessoas a bordo (tripulantes e passageiros).

Considerando inafundável pelas suas características de construção e tecnologia utilizadas, o navio naufragou no Oceano Atlântico, cerca de duas horas e quarenta minutos depois de embater num iceberg, pelas 2 horas e 20 minutos do dia 15 de Abril de 1912.

Apenas 706 pessoas foram resgatadas e, em especial, mulheres e crianças que viajavam em 1.ª classe.

Era comandado pelo Capitão Edward Smith, o qual viria também a ser uma das vítimas do naufrágio, bem como o engenheiro que projectou o navio, Thomas Andrews.

A trágica história do Titanic é o símbolo perfeito de um conjunto de erros humanos que, todos conjugados, contribuíram para o número elevado de vítimas em consequência do naufrágio de um navio considerado inafundável.

Em primeiro lugar, com vista a libertar espaço, o Titanic transportava apenas botes salva-vidas suficientes para pouco mais de metade dos passageiros e da tripulação.

Em segundo lugar, na ânsia de procurar atingir recordes de travessia do Atlântico, o Capitão Edward Smith, pressionado pelo dono da White Star Line, Bruce Ismay, aumentou a velocidade do navio e, desta forma, reduziu-lhe a capacidade de manobra, apesar de saberem que iriam atravessar uma zona onde tinham sido avistados icebergues.

Em terceiro lugar, mesmo sabendo que apenas dispunham de cerca de duas horas para evacuar os passageiros, não houve o cuidado de preencher integralmente a capacidade dos botes salva-vidas dos passageiros da 1.ª classe, fazendo com que muitos passageiros das 2.ª e 3.ª classes não conseguissem lugar.

Em quarto lugar, apesar do Titanic dispor de um sistema de rádio e ter efectuado um pedido de socorro, este não foi logo captado pelo navio mais próximo uma vez que o telegrafista se encontrava a dormir.

Em quinto lugar, a temperatura da água do mar que se calcula que fosse abaixo de zero, apenas permitia poucos minutos de vida aos eventuais sobreviventes que tivessem conseguido escapar ao afundamento do navio mas não obtiveram lugar nos botes salva-vidas, sendo por este motivo que apenas seis pessoa foram resgatadas com vida pelo bote comandado pelo 5.º oficial Harold Lowe quando este regressou ao local para recolher sobreviventes.

A par desta tragédia e do elevado número de perdas humanas, a comunicação social fez ainda eco da morte de diversas personalidades famosas que perderam a vida naquela noite e que seguiam a bordo do navio, como o milionário John Jacob Astor IV e a esposa e o industrial Benjamim Guggenheim.

Sem comentários: