domingo, 1 de março de 2009

A BATALHA DE TORO E A HISTÓRIA DO DECEPADO


Comemoram-se hoje 533 anos sobre a Batalha de Toro, entre tropas portuguesas e castelhanas, sendo rei de Portugal D. Afonso V, naquela altura com aspirações ao trono de Castela.
A Batalha de Toro teve um resultado inconclusivo mas nela se distinguiram o princípe D. João (futuro rei D. João II) e dois soldados portugueses, Gonçalo Pires e Duarte de Almeida, o alferes-mor do rei, a quem havia sido confiado o estandarte das tropas portuguesas.
No fragor da batalha, Duarte de Almeida, após o estandarte ter caído ao chão, empunha de novo a bandeira e defende-a com bravura.
Porém, uma cutilada corta-lhe a mão direita; indiferente à dor, empunha o estandarte com a esquerda a qual viria também a ser decepada.
É então que Duarte de Almeida empunha o estandarte com os dentes e resiste sempre até que é rodeado de castelhanos, vindo a cair moribundo.
Os castelhanos apoderam-se da bandeira por alguns instantes mas Gonçalo Pires consegue arrancá-la, num acto de heroísmo admirado pelos próprios inimigos.
Duarte de Almeida, que viria a ser conhecido pelo Decepado, não faleceu na batalha, vindo a receber assistência médica por parte dos castelhanos e, ao fim de muitos meses, voltou a Portugal, onde viveu no Castelo de Vilarigas com a esposa D. Maria de Azevedo, filha do senhor da Lousã.

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